terça-feira, 23 de setembro de 2008

Sábado X Domingo



Navegando ao léu, encontrei um artigo interessante a respeito dos fatores que favorecerão a guarda do domingo como dia santo.

Claro que o artigo tem um "ar" de conjectura, mas é bem possível que muitos dos fatores venham a se concretizar ou se combinar. O que interessa é que a guarda mundial do domingo vai ser implantada, quer nos oponhamos ou não. A maneira que isso vai acontecer vai ser conhecida somente quando vier às vias de fato. Mas é interessante já pensar nos caminhos que isso vai percorrer, e observar os sinais. E é isso o que esse artigo faz.


Segue o link:



Para economizar o trabalho do leitor, copiei também o texto abaixo.


Pesquisador Adventista aponta Fatores que Favorecerão a santificação do Domingo

Tema de controvérsia

No final dos tempos vai haver uma grande controvérsia sobre o dia em que devemos, segundo os mandamentos da Lei de DEUS, santificar como dedicado exclusivamente ao Senhor. Há no mundo três dias em questão: a sexta-feira, dia dos muçulmanos, o sábado, dia dos adventistas, outras igrejas e dos judeus e o domingo, dia da igreja católica, de muitas outras igrejas cristãs que herdaram esse dia do catolicismo, que o herdou do paganismo e espiritismo.

A controvérsia se dará não por iniciativa dos muçulmanos querendo defender a sexta-feira, nem por parte dos judeus ou adventistas, querendo defender o sábado, nem por parte dos pagãos, querendo defender o domingo, mas, por parte do protestantismo dos Estados Unidos, aliado ao Vaticano, para impor o domingo. Antes dessa imposição teremos em muitos lugares um debate em forma de controvérsia, na forma de pregação nas igrejas, e textos em jornais, revistas, livros e TV, e outros importantes meios de comunicação. Essa controvérsia já acontece, e tende a se acentuar cada vez mais. Ela chegará a seu auge quando o domingo for imposto pela força da lei, inicialmente nos Estados Unidos, e então, gradativamente, pelo mundo todo.

Que motivos hoje favorecem a santificação do domingo? Vejamos os mais importantes:

a) As pessoas não param mais de trabalhar, e os níveis de estresse estão cada vez mais elevados;

b) O comércio está sem limites para parar, se nada for feito, em algum tempo teremos não 40 horas por semana com lojas abertas, mas literalmente 168 horas;

c) A abertura do comércio aos domingos não aumenta significativamente as vendas na economia de um país, nem aumenta significativamente os impostos, segundo um estudo realizado por professores da USP, portanto, não há porque as lojas abrirem aos domingos;

d) Quem leva vantagem com a abertura aos domingos são as lojas dos grandes centros comerciais e de lazer; em detrimento, no caso, das lojas de rua;

e) Para reorganizar outra vez o que está saindo do controle, é necessária uma determinação legal em forma de lei, obrigando a todos o fechamento do comércio aos domingos, e assim também qualquer outra atividade econômica;

f) Para o Igreja Católica, a situação é de verdadeiro caos, pois, na realidade, não tem nenhum dia de guarda, pois os próprios católicos tanto vão à missa quanto trabalham em seu dia santo, isso reforça a necessidade de uma lei de força para esse dia ser guardado;

g) Torna-se claramente necessário estender a obrigatoriedade a todas as igrejas, até porque a maioria guarda o domingo. Ocorre que se algumas pessoas que santificam outro dia, o sábado ou a sexta-feira, não tiverem sobre elas obrigatoriedade alguma para seus respectivos dias santos, essa prática traria confusão na mente dos guardadores do domingo, e eles poderiam debandar para essas outras religiões, onde o dia de guarda nunca foi nem é obrigatório por força de lei civil.

h) Portanto, para organizar a vida dos membros da igreja católica, o que já está evidente, terá de ser feito por força de lei sobre os próprios católicos, também deverá abranger as demais religiões, pois, senão vai ficar contraditório, apenas os guardadores do domingo serem obrigados por força de lei.

i) Essa lei obrigará não somente a cessação do trabalho aos domingos, mas a obrigatoriedade da presença na missa e participação na eucaristia, conforme o documento de João Paulo II, Dies Domini.

j) Para isso, se evocará, como já está sendo, os decretos do império romano antigo, como jurisprudência e justificativa, de algo que já deu certo.

k) Ou seja, ao menos assim se ouve dizer, os católicos mais uma vez ficarão felizes por poderem guardar o domingo. Ora, eles estão sendo obrigados a trabalhar nos domingos não pelos muçulmanos nem pelos judeus nem pelos adventistas, mas pelos próprios católicos, que abrem seus negócios aos domingos. Os proprietários de comércio de outras religiões facilmente dariam o domingo livre a quem quisesse de fato santifica-lo, pois entendem que todos devem ser livres para prestar o culto que pensam ser o certo.

l) Também se utilizará, paralelamente, a necessidade de maior devoção às coisas da igreja, diante do espantoso aumento de tragédias, desastres e da violência. A causa, segundo as mensagens da virgem Maria, é porque há muitos que não santificam o domingo, nem vão à missa.

m) Ainda, paralelamente, ao mesmo tempo em que a igreja católica precisa resolver seus problemas internos de devoção e santificação ao domingo, está alcançando grande poder a pregação da verdade bíblica do sábado, justamente em contraste do domingo, o que traz o perigo dos católicos descobrirem que o domingo é falso, não bíblico nem por autorização divina, não é o dia dos cristãos, mas dos pagãos, e por ele não se adora aquele que fez (ver Apoc. 14:7). A rigor o domingo não pertence aos protestantes, nem aos católicos, mas aos pagãos.

n) Mais alguma coisa, o sistema de governo do planeta, da Nova Ordem Mundial, precisa dispor de um sistema de fidelidade a esse governo, ou seja, como há uma grave situação de descontentamento contra os EUA mundo afora, esse sistema de fidelidade se faz muito necessário. O domingo se presta bem para tal finalidade, ou seja, quem guarda o domingo estará prestando, semanalmente, uma espécie de garantia que concorda com o sistema de governo planetário em implantação, pois é uma ação conjunta dos EUA com o Vaticano e com o paganismo e espiritismo.

o) Também poderá servir de referencial a quem está de fato com os EUA no combate aos terroristas, e quem está contra;

p) Assim como servirá para identificar quem está com a ONU pelo projeto de “Paz e Segurança”, seu projeto prioritário que precisa de alianças e da união global para obter algum sucesso, e quem não está apoiando esse projeto;

q) Esse sistema todo, no seu conjunto, quer impor uma forma de adoração a satanás, mas isso não está nas manchetes, e nunca estará.

r) Os líderes muçulmanos não fundamentalistas e os seus políticos, que tem o poder, concordarão com a santificação do domingo, pois já há uma elegante simpatia pelo atual papa e por Maria, que se torna a santa universal, em lugar de JESUS. Ela está sendo cada vez mais bem aceita pelos muçulmanos. Os seus políticos, para defender a posição católica, são presentemente favorecidos com generosas somas em dinheiro, como profetiza Apoc. 18:3 e 11 a 16, países que se enriquecem à custa da luxúria da igreja que domina sobre os reis da Terra (Apoc. 17:18).

s) Os líderes judeus liberais também concordarão, pois assim se vê uma forma de resolver o caos que se instala na guerra entre palestinos e israelitas, fora de controle.

Portanto, a imposição do domingo tem múltiplos interesses: a consagração do presidente americano como líder sobre o planeta, como fez Constantino; a adoração da besta e do dragão; a solução de um problema da igreja católica dado que seus membros na verdade não santificam dia nenhum; a solução dos grandes problemas do mundo e a eliminação de igrejas que não se aliarem com o catolicismo paganizado. Isso demonstra que JESUS está por implementar grandes decisões em breve, e logo depois disso, vai voltar a esta terra.
-- Prof. Sikberto Marks. (Texto encontrado na internet.) Pesquisador Adventista

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O VIOLÃO E O VILÃO

O violão e o vilão


Cecília Meireles


Havia a viola da vila

a viola e o violão.

Do vilão era a viola

E da Olívia o violão.


O violão da Olívia dava

vida à vila, à vila dela.

O violão duvidava

da vida, da viola e dela.


Não vive Olívia na vila

na vila nem na viola.

O vilão levou-lhe a vida.

Levando o violão dela.


No vale, a vila de Olívia

vela a vida

no seu violão vivida

e por um vilão levada.


Vida de Olívia – levada

por um vilão violento.

Violeta violada

pela viola do vento.


quinta-feira, 11 de setembro de 2008

O ANJO E O LIVRO


O anjo e o livro

André L. L. de Alcântara

André, o único bibliotecário daquela pequena cidade de Andaluz, passeava despreocupado pelo bosque que rodeava a cidade. Ao longe, também caminhando entre as belas árvores que cercava a cidade, vinha o filho do dono do circo. Ambos pararam assustados ante o que viam. Uma criança, ou melhor, um pequeno anjo em forma de uma linda menina de uns 6 anos chegou voando, mesmo que não tivesse asas, por entre as árvores. Não era como aquela imagem que a gente tem de anjos-criancinhas daqueles quadros antigos, de bebezinhos nus, cabelos louros e encaracolados, bem gordinhos e com pequenas asas como as de pássaros. Ela era como uma criança comum. Tinha cabelos lisos, mas bem cheios, usava uma roupa que parecia um casaco de pele marrom, mas que parecia tão macio como uma nuvem.

O anjinho parou a poucos metros de André, em um grosso tronco de uma árvore. Ela não percebeu sua presença porque estava com os olhos fixos na cidade, ou melhor no pequeno circo que estava sendo desmontado. O circo era lindo. Sua lona, toda em listras brancas e vermelhas, tão novinha que brilhava de longe. Tão bonito era o circo que fascinava até o anjinho. De repente, ela olhou para baixo e viu André ali parado, olhando para ela. Exclamou assustada:

—Oh!

Já iria retomar o vôo quando ele disse:

—Não! Espere! Pode ficar aí. Eu não vou te machucar.

Ela continuou olhando para André, parecia nem respirar de susto. Foi então que ele percebeu um cintilar nos olhos dela. E como eram lindos os olhos dela! Tão verdes como nunca vira em sua vida.

De novo um susto:

—Oh!

Era o filho do dono do circo, que já tinha se aproximado.

—Eu me chamo Sandoval. Vem! Eu levo você até o circo.

Com a confiança que só um anjo poderia ter ao reconhecer uma pessoa boa, ela, como num belo salto de uma bailarina, pulou de cima da árvore e pousou ao lado de Sandoval, pegou em sua mão e já foi andando. Alguns passos adiante o anjinho olhou para André e disse docemente:

—Vem!

Os três foram juntos em direção ao circo, de mãos dadas. O anjinho no meio e os dois homens segurando cada um uma mão dela.

Lá no circo, Sandoval foi mostrando tudo ao anjinho. Exclamava sempre:

—Oh!

Ela olhava fascinada tudo, como fosse uma grande novidade. Mas o que ela mais gostou foi da bailarina com roupa reluzente, que andava de monociclo em cima de uma corda, bem no meio do circo. Então Sandoval mandou buscar uma roupa igualzinha à da bailarina para o anjinho em forma de menina. Serviu-lhe perfeitamente. Dali do chão mesmo ela deu um salto e já foi parar lá no alto do picadeiro.

No mesmo instante, o pai de Sandoval, vendo a menina flutuar no ar, mandou chamar toda a cidade para o circo para assistirem a um número inédito: A menina que flutua sobre e corda. Logo, parecia que toda a população da cidade estava lá, adultos e crianças. Todos estavam ansiosos para ver o novo número. Depois de passar o homem que cospe fogo, os macacos amestrados, os palhaços e todos os números que todos já conheciam, veio aquele tão esperado.
Como fizera antes, a menina deu um salto e logo já estava lá em cima. Houve silêncio total. E ela ia e voltava na corda. Pulava e dava cambalhotas impossíveis, com e sem o monociclo. Quando, em outro salto fantástico, voltou ao chão, a platéia aplaudiu, gritou delirou. E foram embora felizes. André olha tudo sem dizer uma só palavra, estático.

Então, chegaram Sandoval e seu pai com muitas notas de dinheiro nas mãos. O pai de Sandoval dizia rindo:

—Com esse novo número eu vou ficar rico, rico, muito rico!

Sandoval também ria muito. Ele pegou umas notas e colocou nas mãos da menininha e saiu atrás de seu pai. Sem entender aquela atitude de Sandoval, o anjinho começou a chorar bem baixinho, com lágrimas brilhantes como brilhantina lhe escorrendo a face rosada. Neste instante, só André percebeu seu choro e foi consolá-la. Ela pegou o dinheiro e entregou nas mãos dele. Mas André também não queria aquele dinheiro. Só ele havia entendido que ela não fez tudo aquilo por qualquer recompensa material. Ele colocou as notas no chão.

O anjinho pegou de novo em sua mão, como antes, e foi o levando para aquele lugar em que se viram pela primeira vez. Só que agora chovia e fazia sol ao mesmo tempo. Quando chegaram naquela árvore, ela lhe deu um beijo na face e foi se virando. Ele disse:

—Espere. Leve-me com você.

Ela, com um lindo sorriso na face, voltou-se e entregou-lhe um livro. André, que era bibliotecário da única biblioteca da cidade, nunca tinha visto um livro como aquele. Era um livro fininho, com uma capa que era como uma pintura daquela primeira imagem que ele viu daquele anjinho ali na mata. Dentro do livro, só havia folhas em branco. Ele sabia o porquê: ele mesmo teria que escrever aquela história e mostrar a todo mundo. Mostrar e espalhar livros a todo lugar por onde passasse. Todos os tipos de livros. Essa era sua missão: disseminar o conhecimento a todos os lugares.

Mais que nunca passou a entender o valor de seu ofício e a dura tarefa que teria dali em diante. Agora era ele que chorava e ria ao mesmo tempo, assim como o céu chorava e ria ao mesmo tempo, naquela chuvosa tarde de sol.

Quando André tirou o olhar do livro não conseguia ver mais o anjinho. Teria sido um sonho ou uma visão aquilo tudo? Só aquele livro lhe denunciava que aquilo fora real. Mas no fundo, tudo era tão fantástico que ele não tinha certeza. Só tinha certeza do que tinha que fazer.


Verão de 2003

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A "MUDANÇA" DO CALENDÁRIO



Existe um questionamento a respeito da mudança de calendário realizada pelo papa Gregório no século XVI. Essa mudança ocorreu de fato, mas não alterou a ordem dos dias da semana, que continua a mesma. Segue a cópia de um capítulo do seguinte livro, cuja leitura recomendo a todos:
HAYNES, Carlyle B. Do sábado para o domingo: exame dos aspectos históricos da questão do sábado mostrando como, quando, por que e por quem foi feita a mudança do sétimo dia para o primeiro dia da semana. 6. ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 1997. p. 70-79.
---------------------------------------------
A “MUDANÇA" DO CALENDÁRIO
O Calendário Gregoriano, agora em uso em todo o mundo, é preciso e exato. Será proveitoso, ao iniciar o estudo' das mudanças que levaram à sua adoção, ter o leitor perante os olhos um exemplar desse calendário, para cuidadosa observação. Sim, é esse mesmo que tendes pendurado na parede.
Olhai especialmente à ordem dos dias da semana. O domingo é o primeiro dia, a segunda-feira o segundo, a terça-feira o terceiro, a quarta-feira o quarto, a quinta-feira o quinto, a sexta-feira o sexto e o sábado o sétimo.
Os nomes dados a estes dias são todos de origem pagã. O domingo (Sunday), foi atribuído ao Sol; a segunda-feira (Monday), à Lua; a terça-feira (Tuesday), à deusa Tiw; a quarta-feira (Wednesday), ao antigo deus germânico da guerra, Woden; a quinta-feira (Thursday), ao antigo deus escandinavo do trovão, Thor; a sexta-feira (Friday), à deusa Frigga; o sábado (Saturday), ao deus Saturno. Os antigos nomes latinos destes dias, na ordem, são os seguintes: Dies Solis, Dies Lunae, Dies Martis, Dies Mercurii, Dies Jovis, Dies Veneris, Dies Saturni. Estes nomes foram dados em honra ao Sol, à Lua, e aos planetas Marte, Mercúrio, Júpiter, Vênus e Saturno, respectivamente.
E impressão geral que se registraram muitas mudanças do calendário entre o tempo de Cristo e o nosso. Isto não é verdade. Houve apenas uma: a mudança do Calendário Juliano para o Gregoriano. E essa não exerceu nenhuma influência sobre os dias da semana. Não houve nenhuma mudança nos dias da semana desde o tempo de Cristo; tampouco houve qualquer mudança antes disso, tanto quanto os registros o demonstrem. Os dias do mês foram deslocados, ao ser adotado o Calendário Gregoriano; os dias da semana, porém, não. Continuaram imutáveis desde o começo e são agora os mesmos de toda a história passada.
O calendário que foi usado na Palestina e em todas as províncias do Império Romano dos dias de Cristo era conhecido como o Calendário Juliano. Entrou ele em uso por autorização e no tempo de Júlio César, e é chamado pelo seu nome. Foi promulgado no ano 708 da cidade de Roma, cerca de 46 a.C.
Júlio César gostava de estar em evidência. Arrogou a si muitas prerrogativas. Chamou o sétimo mês pelo seu próprio nome, e por isso, é ele conhecido como julho, derivado de Júlio. É-nos dito que ao escolher um mês para chamá-lo pelo seu próprio nome, escolheu cuidadosamente o que tivesse trinta e um dias, pois considerava o seu nome digno de um dos mais longos meses do ano. O mês seguinte contava, naquele tempo, apenas trinta dias. César Augusto, o sucessor de Júlio, não se considerava de forma alguma inferior em importância a seu antecessor e, quando chamou de Agosto o oitavo mês, acrescentou-lhe mais um dia, tirando-o de fevereiro, de maneira que agosto tem tantos dias quanto julho.
O Calendário Juliano Inexato
O Calendário Juliano foi usado durante quinze séculos depois de Cristo, praticamente em todo o mundo civilizado. Não era, entretanto, um calendário exato: Supunha o ano como tendo 365 dias e um quarto, quando este tem doze minutos e uns poucos segundos menos do que isso. Não parece isto ser uma grande diferença, mas com o correr dos anos aumentou. Como resultado, durante o tempo do Calendário Juliano um pouco de tempo foi sendo perdido cada ano isto é, ele não se baseava exatamente nos movimentos dos corpos celestes, e o resultado foi que, de ano para ano o equinócio vernal, que no tempo de Júlio César ocorreu por volta de 25 de março, retrocedeu gradualmente para o dia primeiro de março. Cerca do começo do século dezesseis depois de Cristo, ocorreu por volta de 11 de março.
Foi somente no décimo terceiro século que os astrônomos começaram a escrever a respeito da inexatidão do Calendário Juliano. Alguns países da Europa desejavam tomar uma decisão no sentido de uma reforma do calendário. Mas nada foi feito durante muito tempo, porque havia necessidade de liderança e acordo, a fim de empreender a revisão do calendário, a qual o tomaria uniforme em todos os países.
Do Juliano Para o Gregoriano
Por fim, foi atraída a simpatia e interesse do próprio papado. Nos dias do Papa Gregório XII o calendário foi mudado, tendo sido feita uma correção de dez dias, a fim de que o dia 21 de março coincidisse com o equinócio vernal, onde ficara no tempo do Concílio de Nicéia, em 321, quando a questão da celebração da Páscoa foi solucionada por aquele concílio da igreja. (Ver Catholic Encyclopaedia, voI. III págs. 168 e 169, art. "O Calendário, Reformado"). Publicou ele uma bula, datada de 1º de março de 1582, anulando dez dias, de maneira que, o dia que deveria ser contado como 5 de outubro de 1582, foi considerado como 15 de outubro. O novo calendário recebeu o nome do papa em cujo pontificado foi instituído, o Papa Gregório. E ele, por conseguinte, conhecido como o Calendário Gregoriano.
O Calendário Gregoriano, que agora usais em vossos lares, e de acordo com o qual quase todo o mundo se orienta na contagem do tempo, foi, como dissemos, introduzido por proclamação do papa de Roma em 1582 a.D. A alteração que o fez entrar em vigor, uma alteração de dez dias entre ele e o antigo Calendário Juliano, foi efetuada na sexta-feira, 5 de outubro de 1582. De maneira que os dez dias que foram acrescentados, o foram apenas para que esse dia, que no Calendário Juliano era considerado 5 de outubro, fosse chamado 15 de outubro. Isso é tudo o que foi feito. E isto fez o ano do calendário coincidir com o equinócio vernal.
Nenhuma Alteração no Sábado
O dia ainda era sexta-feira, mas em vez de ser sexta-feira dia 5, era sexta-feira dia 15. Não houve nenhuma alteração no mês. Este continuou sendo outubro. Nenhuma alteração houve na semana. O mesmo quanto ao dia da semana. Continuou ele sendo sexta-feira. A diferença estava no dia do mês. Este era o dia 15 em lugar de ser 5. E isto é tudo.
O dia seguinte foi sábado, exatamente como o seria se o calendário não houvesse sido mudado. Com a diferença que era dezesseis, quando deveria ser seis. A mudança feita no calendário não ocasionou nenhuma mudança no sábado do Senhor, e não trouxe nenhuma dificuldade quanto à determinação do mesmo sétimo dia agora.
A Espanha, Portugal e a Itália adotaram imediatamente o Calendário Gregoriano. Pouco depois, no mesmo ano (1582), a França o adotou, denominando o dia 10 de dezembro dia 20. Os Estados católicos da Alemanha adotaram o novo calendário no ano de 1583, mas os Estados protestantes da Alemanha conservaram o anterior ou o Juliano, até o ano 1700. Nesse ano, os Países Baixos, como eram chamados, ou os holandeses, adotaram o novo calendário. Eles não se entendiam com o papado e por isso foram vagarosos em aceitar aquilo que consideravam procedente do papa.
A Inglaterra não adotou o novo calendário senão no ano 1752. A Suécia e a Dinamarca o aceitaram ao mesmo tempo em que os Estados protestantes da Alemanha.
Durante esse tempo, enquanto alguns países faziam o cômputo do tempo por um calendário e outros, pelo outro, os dias da semana continuaram exatamente os mesmos em todas as nações. Enquanto o sábado continuava a sê-lo na Espanha, em Portugal e na Itália, o era também na Inglaterra, embora até o ano 1700 conservassem uma diferença de dez dias em suas datas, e após 1700 tivessem uma diferença de onze dias.
A Inglaterra recusara-se aceitar o novo calendário porque nesse tempo se encontrava na fase da fundação do que mais tarde veio a ser conhecido como a Igreja da Inglaterra, e nada queria com o papado. A diferença no cômputo das datas, entretanto, resultou em confusão e dificuldade nas transações comerciais entre a Inglaterra e o continente. Por fim, os negociantes da Inglaterra fizeram tal agitação com respeito ao assunto, que esse país foi obrigado a aceitar o novo, calendário, o qual foi reconhecido como exato e preciso.
No estudo da própria História, observareis de vez em quando, ao serem feitas referências a certas datas, as letras "S.A." ou "N.S." Sua finalidade é indicar se se faz referência ao calendário do sistema antigo ou ao do novo.
Mudada a Data, Não o Dia
Foi a 2 de setembro de 1752 que o calendário do novo sistema, o gregoriano, foi aceito pelo Parlamento inglês. O decreto do Parlamento diz simplesmente que o dia seguinte a 2 de setembro seria chamado 14 de setembro. O dia era quinta-feira. No sistema antigo, ou Calendário Juliano, deveria ser quinta-feira, dia 3. O ato do Parlamento, aceitando o Calendário Gregoriano, tornou-o quinta-feira, dia 14. A diferença entre o sistema antigo e o novo, naquela época, elevou-se a onze dias. O dia dois de setembro foi seguido pelo dia 14 desse mês. O dia do mês foi mudado, mas não o dia da semana. O dia dois era quarta-feira. O dia seguinte, 14, foi quinta-feira. Teria sido quinta-feira se a mudança não fora feita. Mas seria quinta-feira, dia três; agora era quinta-feira, dia 14. O seguinte a esse foi sexta-feira, dia 15, e em seguida o sábado, dia 16. Se a mudança não houvesse sido feita, aquele sábado seria 5 de setembro. Mas ainda seria sábado. Era o sétimo dia da semana no continente; era-o também na Inglaterra; era o sétimo dia em todas as partes. As datas fixadas no continente, para aquele dia, haviam sido diferentes na Inglaterra. Agora se tornaram a mesma. Mas o dia não foi mudado. O dia não se perdeu. Não houve confusão quanto ao assunto. A mudança feita não afetou os dias da semana em nada. Eles continuaram, e permaneceram sempre os mesmos.
Desde 1582, quando o novo sistema de calendário foi adotado na Itália até 1752, quando foi adotado na Grã-Bretanha, há uma diferença de 170 anos. . Durante' todos estes 170 anos, enquanto os países do continente Europeu estavam usando o novo sistema de calendário, a Inglaterra esteve usando o antigo. Por algum tempo eles tiveram dez dias à parte em seus cálculos, e mais tarde onze dias. Mas durante todo, esse tempo os dias da semana foram sempre os mesmos tanto no continente como na Inglaterra. Não houve confusão alguma quanto a eles. Certamente esta é uma evidência convincente de que a mudança do calendário não causou nenhuma diferença nos dias da semana.
Com Calendários Diferentes, mas com os Mesmos Dias.
A Rússia e a Grécia continuaram usando o calendário antigo. Elas achavam-se sob a influência da Igreja Grega, a qual não estava de acordo com a maneira de pensar de Roma; por isso não adotaram o novo calendário. A Romênia, a Sérvia e a Turquia, entretanto, admitiram finalmente o Calendário Gregoriano em 1919, e a Rússia Soviética efetuou a mudança logo depois da revolução. Em nenhuma dessas mudanças os dias da semana foram atingidos. Por esse tempo a diferença entre os dois calendários era de catorze dias.
Conquanto as datas na Alemanha não fossem as mesmas na Rússia, os dias eram exatamente os mesmos. Quando era segunda-feira na Rússia, o era igualmente na Alemanha; embora estes países estivessem sob calendários diferentes. Quando chegou o sábado, o sétimo dia da semana, na Alemanha, foi sábado também na Rússia, embora as datas do calendário tivessem catorze dias a mais. Aquilo que a Enciclopédia Britânica chama de a "inalterável uniformidade" da semana jamais foi atingido pelas mudanças do calendário. Portanto; o dia do sábado não foi mudado nem alterado ou atingido no mínimo grau por tais mudanças.
Dessa forma não permitais que pessoa alguma confunda o vosso pensamento ao falar acerca de mudança do calendário. Os que realmente sabem como a mudança foi feita, estão certos de que a introdução do calendário não atinge de maneira alguma os dias da semana. Na verdade, o próprio calendário é um dos melhores meios de confirmar o fato indiscutível de que o sétimo dia é o mesmo da criação.
O Mesmo Sétimo Dia da Criação
Cremos que a Bíblia é a verdade. Ela ordena a observância do sétimo dia da semana. Esse sétimo dia idêntico ao da criação pôde ser encontrado, caso alguém deseje encontrá-lo. E de pode ser identificado mesmo que alguém queira fazê-lo desaparecer. Não há meio algum pelo qual possa ele ser perdido de vista. Quando ó Sol se põe na sexta-feira à noite. O mesmo sétimo dia da criação tem início. E o mesmo sétimo dia que o mandamento de Deus nos ordena, guardar. Este mandamento declara: "O sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra." Por conseguinte, quando o Sol se põe sexta-feira à noite, estais em tempo sagrado.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

TEU AMOR

Teu amor


André L. L. de Alcântara

Às vezes penso nos caminhos meus

E me lembro das minhas paixões

Sinto a dor de trazer dor ao meu Deus

Eu me arrependo das minhas ações



Sofreste pra dar a vida por mim

Quando te entregaste naquela cruz

Meus tantos pecados em carmesim

Foram então lavados por meu Jesus


Mas o teu amor cobre minha transgressão

Me recompensaste com o que não mereço

De graça me coroaste com o teu perdão

Mas o teu amor cobre minha transgressão

Desse tão grande amor não mais me esqueço

Só quero agora fazer Teu meu coração



Como pode um amor assim haver

Que até o coração de Deus embaraça?

Jamais eu poderei te agradecer

Por essa tão maravilhosa graça!


04 de setembro de 2005, 2h45