sexta-feira, 13 de novembro de 2009

DÁLIA



DÁLIA

De tanto não buscar, achei você
Envolvida em um manto de mistério.
Um sorriso que me preenche e vê
Fez do plebeu o dono de um império.

Seus olhos negros me inundaram a alma.
Um grito forte que em meu peito cala
Mudou em ventania a minha calma
Com o perfume que sua flor exala.

Dona da fonte num profundo vale
Tão úmido e quente quanto a paixão
Inacessível a quem não escale

Alta montanha ou profundo grotão.
Qual um furacão que o céu abale
Você arrebatou meu coração.


André L. L. de Alcântara
9 de novembro de 2009, 19h27.


Observação:
Dália: nome de uma flor, latinizado em homenagem ao botânico sueco A. Dahl. Nomes em Dal e Dale são muito comuns na Escandinávia. O nórdico antigo darl e os antigos sueco e dinamarquês dal têm o significado de "vale". Dália traduz-se por "do vale". Equivale a Glenda.

Glenda: Do inglês Glenda, e este, do gaulês glyn (vale), sign. "do vale", elemento presente no toponímico Glendue "vale escuro". O nome apareceu nos Estados Unidos, em fins do séc. passado, e foi redivivo modernamente com a atriz Glenda Jackson, tornando-se popular na Inglaterra, seu país natal. Equivale a Dália.

Bibliografia utilizada :
OLIVER, Nelson. Todos os nomes do mundo. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005. ISBN 8500017104. p. 376 e 408.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

sábado, 9 de maio de 2009

Tempo de plantar e de colher


"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do Céu. Há o tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de colher." Eclesiastes 3:1-2.

Tenho me perguntado por que é tão difícil fazer as coisas que eu mais gosto fazer. Sinto tanta falta de fazer as coisas pequenas. Sim, aquelas que à vista dos outros parecem bobagens. Como gosto de ler, de escrever, de curtir meu amigo violão! Como gosto de estar com os velhos amigos, aqueles que não vemos faz tanto tempo e sempre prometemos nos encontrar num almoço, num fim de semana! Gosto de pegar um papel e ir dobrando, até surgir novas formas. Gosto de pesquisar e entender coisas novas. Gosto de devorar livros. Gosto de estar a toa em bibliotecas, garimpando seus mistérios e pensamentos profundos. Amo as livrarias, cheias de novidades. Queria ler tantos livros, montar quebra-cabeças, como um de 2000 peças que montei uma vez. Sim, gosto disso também. Sinto-me concentrado e desafiado a fazer surgir dali uma imagem. Amo estar no mato, tomar banho de rio e de cachoeira, de ver o céu estrelado, e como é lindo o céu longe da cidade! Gosto demais de andar de bicicleta, de fazer atividade física, de curtir o vento e a chuva baterem no meu rosto. E como é bom sair com minha namorada, meu amor, e não ter hora pra voltar. Não se preocupar com o tempo, com a vida, com nada.

Mas o que tenho feito para estar tão longe dessas coisas? A resposta vem também de maneira rápida: são as responsabilidades, as preocupações, os compromissos conosco mesmo, com os familiares, com o trabalho, com a Igreja, com a sociedade. Esses compromissos nos afogam, e o dia fica muito curto para tantas coisas. O pior é que ficamos esperando chegar o fim de semana, o próximo feriado ou as férias para fazermos aquilo que gostamos, gastar um tempinho para nós mesmos, para a família. Mas chegam e passam os fins de semana e os feriados. As férias são curtas e, às vezes, até cansativas. Quando percebemos, tudo já passou, e a vontade de parar está de novo diante de nós. Somos reféns de nós mesmos.

Claro que as responsabilidades também nos trazem satisfação. Elas nos permitem construir, moldar o mundo e nos leva a novos patamares. É com muita luta que chegamos aonde chegamos. E cada gota de suor vale o preço que custou, com certeza.

Mas creio que há muito e muito tempo tenho investido meu tempo nas responsabilidades, com vistas a chegar o tempo em que eu poderei aproveitar mais o tempo para fazer outras coisas, sem responsabilidade, sem cobranças, sem compromissos, nem tempo para terminar. Livre, enfim. Sinto que esse tempo está perto de se realizar. Mas, se eu olho para o passado, lembro que eu achava que hoje já estaria curtindo esse tempo. Foram muitos anos plantando e cultivando, irrigando e retirando as pragas. Foram muitas e muitas podas, invernos e verões esperando ou o sol ou a chuva. O vento sopra dizendo que a época da colheita está se aproximando. Sinto no ar o tempo de provar do fruto. Ainda bem.

sábado, 25 de abril de 2009

PENSAR E ESCREVER

Ultimamente, tenho colocado aqui somente textos de outras pessoas. Tem-me faltado tempo e inspiração para escrever. Tenho até o meu tempo organizado. Mas os imprevistos estão atravancando o meu tempo disponível. Uma rotina de hospitais e médicos e tarefas novas que aparecem e estão me afogando.
Mas aos poucos o tempo volta a entrar nos eixos, e pretendo ter mais tempo para mim, minhas idéias e meus pensamentos. Isso inclui escrever aqui nesse blog. Tentando ao menos resolver a questão da inspiração, comprei um livro que acho que me ajudará nessa questão. O livro é este:

BUDD, Luann. Como colocar suas idéias no papel: aprendendo a escrever sobre temas espirituais. São Paulo: Vida, 2004. 216 p. ISBN 857367757.

Já li os primeiros oito capítulos e estou gostando muito.
Até onde li, o livro trata mais da escrita de diário, anotações e reflexões só acessíveis ao autor, como um diálogo com Deus e consigo mesmo. Não é essa a minha motivação, mas é claro que o livro tem muito a contribuir. Mas posso seguir a idéia, e adaptá-la ao meu objetivo. A autora do livro deixa uma gama enorme de possibilidades abertas. E pretendo absorver tudo o que puder. Então, boa leitura para mim!
Se alguém quiser me acompanhar na leitura, compre o livro no site da Editora Vida:
http://www.editoravida.com.br/loja/product_info.php?manufacturers_id=189&products_id=396

quarta-feira, 22 de abril de 2009

O PODER DA DECISÃO


Vamos falar hoje sobre o poder da decisão.
Decisões do passado podem mudar a sua vida pra sempre. O autor do livro "O poder sem limites e Desperte o gigante interior" Anthony Robbins diz:
É num momento de uma decisão que seu destino muda para sempre.
Reflita sobre decisões do passado que mudaram seu destino para sempre.
Talvez a decisão do seu casamento, da faculdade que escolheu fazer ou do emprego que você está hoje... Talvez decisões como essas tenham dado um novo rumo em sua vida.
A questão é:
Qual a decisão que se você tomar agora poderá transformar o rumo do seu destino pra sempre?
Transformar positivamente, é claro.!

Quais são as decisões que você vem adiando, postergando deixando pra amanhã?
Decisões que você sabe que precisam ser tomadas e que poderiam fazer uma melhora grandiosa no dia a dia e no futuro, em sua vida?
Talvez a decisão de fazer um novo curso, voltar a estudar, talvez a decisão de ler um livro ou de terminar um livro, talvez a decisão de dar um telefonema importante, talvez a decisão de perdoar alguém, talvez a decisão de começar a praticar esportes ou parar de fumar, eu não sei...pense nisso!

No entanto, o que nos impede de tomar uma decisão é que normalmente associamos mais dor na mudança e prazer em continuar como está do que o contrário.

Porém, se você entender definitivamente que sacrifício é temporário e a recompensa é para sempre, talvez perceba que mesmo que a tomada de decisão imediata seja desconfortável a recompensa irá valer a pena!

Pense por um instante!

Qual a decisão que se você tomar hoje irá mudar o seu destino de uma maneira positiva, próspera, sólida e que irá compensar o esforço?
Reflita sobre isso, decida transformar a sua vida, decida colocar paixão, disciplina e determinação no seu dia a dia!


segunda-feira, 30 de março de 2009

Está sem tempo?


Você quer aprender a administrar o tempo? Então esqueça o relógio - e pegue uma bússola. Mais do que controlar as horas, os minutos e os segundos do dia, uma boa gestão do tempo exige, prioritariamente, a definição clara do rumo que você deseja dar à sua vida e sua carreira. Disso resultará todo o resto: dias menos desgastantes, compromissos respeitados, tarefas realizadas no prazo programado, metas alcançadas com serenidade e convívio saudável com a família. Essa é, na opinião dos principais especialistas em gestão do tempo, a única estratégia eficiente para quem sonha em assumir as rédeas da situação. Agendas, relógios, palms e computadores, tidos por muita gente como a solução para o problema, são apenas ferramentas eficientes que o ajudarão a atingir esse objetivo.
Administrar bem o tempo tem sido, para a maioria das pessoas, uma espécie de missão impossível. Não faltam motivos para acreditar nisso. Segundo pesquisa feita entre 2000 e 2001 pela International Stress Management (Isma), no Brasil a média semanal de horas trabalhadas varia de 47 a 49, o que representa um mês a mais ao ano quando comparada à de dez anos atrás. Ao mesmo tempo, o universo corporativo vem passando por profundas transformações. As organizações estão mais enxutas, o trabalho está cada vez mais complexo e a pressão por resultados só faz aumentar. Vivemos uma angústia permanente por não conseguir absorver o volume de informações disponível. Numa simples banca de jornal existem mais de 3 mil títulos à venda, entre jornais, revistas, fascículos, edições especiais etc. No ano 2000, foram lançadas e reeditadas pelas editoras mais de 45 mil obras, segundo dados da Câmara Brasileira do Livro. E há ainda a internet. Sobra pouco ou quase nenhum tempo para família, filhos, exercícios físicos, lazer.
Essa roda-viva tem levado muitos profissionais a reavaliar sua postura. "Os executivos acreditam agora que há outras coisas importantes na vida além da carreira nas grandes empresas", afirma Philip Simshauser, presidente do The Center, divisão da consultoria DBM nos Estados Unidos. Simshauser cuida exclusivamente da carreira de altos executivos. Segundo uma pesquisa recente desenvolvida por Simshauser, 50% dos profissionais que buscam uma recolocação no mercado preferem trabalhar em pequenas empresas ou montar o próprio negócio. "Essa é uma tendência clara: eles querem ter mais tempo para a família", diz.
Qualquer um de nós pode controlar melhor o próprio tempo e deixar de fazer parte do time dos que vivem reclamando do fato de o dia ter apenas 24 horas. Você está disposto a reconquistar a autonomia de sua vida? Então não perca mais um único minuto.

Defina prioridades
Eis o primeiro e decisivo passo para começar a mudar essa realidade: "Administrar o tempo é fazer com que as pessoas busquem o que mais importa na vida delas", afirma o consultor Paulo Kretly, diretor-geral da consultoria Franklin Covey no Brasil. Em outras palavras: é preciso definir o que é realmente importante para você, e jamais perder esse foco. "Divirta-se com o que você faz e aproveite a vida", diz a professora Karen Haley Allen, da Dominican University of California, nos Estados Unidos.
"Você dá um grande passo nesse sentido quando consegue uma boa combinação entre o que deseja para sua vida, a contribuição que pretende dar à sociedade e a sua atividade profissional. Essa é a essência da administração do tempo eficiente, pois você estará sempre dando o melhor de si mesmo na execução das atividades." Digamos que você tenha como prioridade o desenvolvimento profissional, mas as funções que vem desempenhando na empresa não contribuam para esse fim. Conclusão: você está empregando mal o seu tempo. Se você valoriza os papéis de marido e pai e só desempenha o de executivo, também vem perdendo a corrida contra o relógio.
A definição das prioridades, no entanto, não é algo simples. Exige que você conheça muito bem a si mesmo. Um teste simples que poderá ajudá-lo nessa tarefa é imaginar que você está na sua festa de 80 anos. Quais projetos gostaria de ter realizado ao longo de todos esses anos? Que pessoas desejaria ver a seu lado? De quais feitos se orgulharia de contar aos filhos e netos? Agora reflita e responda com sinceridade: as atividades atuais que tomam seu tempo estão contribuindo para que você atinja esses objetivos e sonhos? Se a resposta for negativa, significa que está empregando seu tempo para fazer tarefas que não são prioritárias. Em resumo: você está mais para escravo do que para senhor do tempo. Defina, portanto, suas prioridades.

Livre-se dos maus hábitos
"Quando aceitamos um emprego, estamos, na realidade, nos comprometendo a ceder à empresa parte do nosso tempo, além de esforço, capacidade, conhecimento e talento", diz Eduardo O.C. Chaves, professor de filosofia da Unicamp e consultor de empresas. O problema é que aproveitamos mal o tempo, e para dar conta do recado começamos a usar para o trabalho horas que deveriam ser empregadas em outras atividades. Agimos assim porque adquirimos maus hábitos - e maus hábitos normalmente geram conforto no curto prazo. "É o caso da procrastinação", diz Sandro Vieira, diretor de operações e desenvolvimento da consultoria Escola de Líderes. "Deixar de fazer uma tarefa que não queremos num determinado momento gera um certo conforto por algumas horas. Só que no fim do dia o problema continuará lá, esperando por você para ser solucionado."
Adquirir maus hábitos faz perder a autonomia sobre a vida. Você quer ter liberdade para passar mais tempo ou viajar, mas não pode. Isso gera angústia, frustração e aquela velha sensação de que o trabalho tomou conta de tudo. "Quem tem tempo não é aquele que não faz nada, mas aquele que sabe administrá-lo para fazer o que deseja", diz Eduardo Chaves, da Unicamp.

Trace a sua estratégia
É provável que você conheça ou até já coloque em prática algumas técnicas de administração do tempo. Há muitos livros e cursos sobre o tema. O problema é que boa parte das teorias ainda está baseada naquelas famosas listinhas de atividades que devem ser riscadas assim que forem cumpridas. Nada contra essa técnica, que, aliás, é bastante válida e eficiente, como veremos em breve. A questão é que só isso não basta para obter um bom resultado. Hoje, há uma quase unanimidade dos consultores em relação à eficiência da chamada matriz de administração do tempo.
A metodologia foi criada por Stephen Covey, o guru americano de auto-ajuda e autor do best-seller Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes. Covey distribuiu uma série de atividades de acordo com as quatro maneiras (quadrantes) em que, segundo ele, empregamos o nosso tempo. Confira no quadro abaixo:

· Quadrante I
Nesse espaço estão representadas as atividades e as situações urgentes e importantes e que exigem a nossa atenção imediata. De acordo com Covey, esse quadrante sufoca as pessoas, pois elas vivem apagando incêndio, administrando crises e se tornam escravas dos problemas. "Enquanto o foco maior permanecer nesse quadrante, você continuará sendo dominado pela correria e pela ansiedade e sentindo-se impotente diante do desperdício de tempo", diz ele. Em resumo: você perderá o controle sobre sua vida.

· Quadrante II
Refere-se às atividades importantes mas não urgentes. Trata-se de um quadrante de grande importância para sua vida, pois é onde deve estar todo o seu planejamento de longo prazo: desenvolvimento pessoal e profissional, reavaliação da carreira e de suas competências pessoais, análise e antecipação de problemas futuros, estudos, leitura de livros da sua área de atuação, elaboração de estratégias para delegação de tarefas aos subordinados, aprimoramento dos relacionamentos etc. Muitas vezes negligenciamos esse quadrante porque, embora fundamental para nossa vida, ele não tem a característica de urgência.

· Quadrante III
Nele está incluído tudo que é urgente mas não é importante. "Quando você prioriza atividades que são apenas urgentes, corre o risco de cometer um erro fatal para a perda de tempo: o de fazer algo que não o ajudará em nada a atingir seus objetivos de curto, médio ou longo prazo", afirma Silvio Bugelli, sócio-diretor da consultoria Tranjan Consultores Associados (TCA), de São Paulo, e que adota o mesmo sistema.

· Quadrante IV
São aquelas atividades que não são urgentes nem importantes. Quando você usa o tempo para algo relacionado a esse quadrante, está na maioria das vezes fazendo mau uso dele. As pessoas freqüentemente entram nessa área porque ela serve de válvula de escape para uma série de problemas, atividades e compromissos indesejados.

Segundo Stephen Covey, as pessoas que administram suas vidas de acordo com o surgimento das crises vivem 90% do tempo no quadrante I, dedicando os 10% restantes ao quadrante IV, onde estão as atividades que de alguma forma lhe dão algum alívio para as tensões. "Pessoas eficazes ficam afastadas das atividades dos quadrantes III e IV", afirma o guru. "Elas diminuem o tamanho do quadrante I e dedicam mais tempo ao quadrante II." Isso quer dizer que elas preferem se dedicar ao planejamento de vida, aos relacionamentos, ao aperfeiçoamento e à prevenção dos problemas. Todos nós sabemos que isso é importante. Mas poucos realmente dão a atenção merecida a esses aspectos por causa das chamadas atividades urgentes e inadiáveis. Lembre que a produtividade de um profissional é medida pelo trabalho feito, e não pelo esforço em realizá-lo. O ideal, portanto, não é priorizar a sua agenda, e sim agendar as suas prioridades.
Procure fazer seu próprio esquema seguindo a matriz de administração do tempo de Covey. Distribua suas atividades nos quatro quadrantes. Descubra em qual deles você tem empregado a maior parte do seu tempo e faça os ajustes necessários, procurando privilegiar os quadrantes I e II. Feito isso, você poderá usar as ferramentas que o ajudarão a administrar o tempo de acordo com suas prioridades. Tente programar as atividades mais importantes de acordo com seu relógio biológico - ou seja, para aquelas horas do dia em que você costuma ser mais produtivo. Veja como agir em cada uma das situações que mais costumam roubar tempo no trabalho:
Grande número de atividades
Agenda, palm, computador e caderno passam a ser bastante úteis a partir de agora. Utilize a ferramenta que achar mais adequada para fazer sua lista de atividades. Defina quais as prioridades do dia e concentre-se nelas. Procure manter o foco. Não perca tempo com coisas que não são importantes e cuidado para não se deixar levar pela ansiedade. Vá riscando tudo aquilo que for executando. Isso é fundamental, pois o deixará estimulado e dará a sensação de que está realmente solucionando os problemas. Se precisar trabalhar mais horas que o normal num determinado período do mês, prefira chegar mais cedo ao escritório a sair mais tarde. Se tiver de levar trabalho para casa, programe-se para concluí-lo uma hora antes de se deitar, para reduzir a ansiedade e dormir mais tranqüilo. Muitos profissionais passam noites em claro por causa disso.

E-mail
Abra-os, no máximo, duas vezes ao dia. "Quem fica o tempo todo olhando seu correio eletrônico geralmente tem o perfil de uma pessoa ansiosa", diz Sandro Vieira, da Escola de Líderes. Contenha-se. Quando abri-los, no entanto, responda-os no mesmo instante. Coloque os que necessitam de maior atenção e demandam mais tempo na sua lista de prioridades.

Excesso de informações
Mesmo que você tenha uma capacidade acima da média para absorver informações, jamais conseguirá assimilar tudo o que deseja. "Um dos segredos é não perder tempo com o que os outros acham que você deve saber", diz Elaine St. James em seu best-seller Simplifique Sua Vida no Trabalho (Editora Mandarim, 242 páginas). Você precisa desenvolver um senso crítico em relação ao que deve ou não ler, e saber se uma determinada informação será útil para o seu trabalho. As pessoas perdem muito tempo lendo informações que são interessantes mas não importantes.
Para desenvolver uma disciplina, estabeleça um número de páginas para ler diariamente. Ou então determine um tempo fixo: 30 minutos, 45 minutos, uma hora. "Escolha o período do dia em que seu nível de compreensão é maior", diz Sandro Vieira, da Escola de Líderes. "Caso contrário, você acabará tendo de reler o texto para assimilá-lo." Evite também deixar papéis com anotações soltos em sua mesa. O ideal é colocar todas elas num único lugar (caderno, agenda, palm etc.). De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Franklin Covey, perdemos em média 28 minutos por dia tentando encontrar em nossa mesa as informações de que tanto necessitamos.

Telefone
É instantâneo: o telefone toca e você o atende, desviando sua atenção. Além de perder a concentração no que estava fazendo, você corre o risco de empregar seu tempo em algo sem muita importância (um amigo querendo bater papo, outro desejando consultá-lo sobre um problema dele e não seu etc.). Para filtrar as ligações, você pode orientar melhor sua secretária, usar uma caixa postal para receber e gravar as mensagens ou mesmo determinar um horário para atender às ligações. Nesse último caso, avise as pessoas sobre a hora em que estará disponível para os telefonemas e peça que procurem respeitá-la. Evite abrir exceções. Seja sempre claro e objetivo ao falar ao telefone no trabalho.

Reuniões
Alguns executivos, na tentativa de reduzir o tempo de duração das reuniões, adotam a estratégia de fazê-las em pé. Isso só funciona se o tema não exigir muita análise, reflexão e debate. Para tornar as reuniões produtivas, adote as seguintes medidas: agende a reunião com antecedência, defina a pauta alguns dias antes e comunique a todos, não convoque ninguém que não seja realmente necessário, controle as conversas paralelas e os que monopolizam o diálogo, e procure não sair da pauta. Reuniões com mais de uma hora de duração geralmente são menos produtivas e mais cansativas. Outra maneira eficiente de impedir que esses encontros se alonguem demais é agendá-los estrategicamente às 11h30 (próximo ao horário de almoço) ou às 4 horas de uma sexta-feira (quando todos já estarão pensando no fim de semana). Reuniões nesses horários costumam ser mais rápidas, pois a maioria das pessoas tende a ser mais objetiva para satisfazer o hábito alimentar ou para programar as atividades do sábado e do domingo.

Acúmulo de tarefas
Geralmente é reflexo de centralização excessiva. Delegue as tarefas. Para fazê-lo de maneira eficiente, no entanto, você precisa conhecer bem sua equipe e distribuir as tarefas de acordo com o perfil e a capacidade de cada um. Se você delegou, é porque confia nas pessoas. Não fique, portanto, interferindo no trabalho dos subordinados como se fosse o único capaz de resolver o problema com eficiência e dentro do prazo programado.

Interrupções
Se você é daquelas pessoas que estão sempre disponíveis, então sabe o quanto as interrupções atrapalham o desenvolvimento do trabalho. Antes de agir drasticamente contra esse problema, tenha em mente uma coisa: "As interrupções significam que nós temos valor, amigos e informações importantes", diz a especialista em gestão do tempo Karen Haley Allen, professora da Dominican University of California. "Em alguns casos, as interrupções significam que você faz parte dos negócios." Para evitar abusos, porém, você precisa aprender a dizer não e a ser firme. Não confunda boa educação com complacência. Diga à pessoa que o interrompeu que está ocupado. Se estiver escrevendo e alguém entrar em sua sala, não solte a caneta, caso contrário ele achará que você tem tempo de sobra para ouvi-lo. Peça para a secretária "filtrar" os que desejem falar com você. Outra armadilha na qual caímos com freqüência é a de colocar cadeiras estrategicamente em frente às nossas mesas para receber os visitantes. Isso, na verdade, acaba sendo uma espécie de convite para que as pessoas se sentem ali e fiquem longos minutos falando sobre assuntos que nem sempre estão relacionados ao trabalho.
A saída é deixar as cadeiras num canto qualquer de sua sala. Se a pessoa, no entanto, merecer maior atenção, aí, sim, você deve se levantar e posicionar a cadeira diante da mesa.

Burocracia
É um mal crônico em muitas organizações. Que fazer? Simplifique o que for possível. Há um grande número de atividades que somos obrigados a cumprir e que não agregam nenhum tipo de valor à empresa, ao produto e ao trabalho. Então, por que continuar? Tente questionar as tarefas que contribuem para a manutenção da burocracia e eliminar as que estiverem dentro de sua alçada.

Celular
O recurso "olho mágico", que identifica quem está chamando, é um grande aliado. Só atenda quando for alguém com quem você não pode deixar de falar. Retorne as outras ligações num horário que não prejudique o seu trabalho. Ter um segundo celular apenas para chamadas urgentes é uma alternativa. Isso só funcionará, claro, se você for bastante seletivo na hora de divulgar esse outro número.

Imprevistos
Não há como evitá-los. Mas uma maneira eficiente de impedir que os acontecimentos inesperados provoquem um caos no seu dia de trabalho é manter um espaço de tempo livre na agenda para cuidar desse tipo de problema. Dessa forma, o imprevisto estará relativamente previsto dentro de sua programação. Enfim, há um velho ditado popular que diz que tempo é dinheiro. É um grande erro. Tempo é vida. Cuide bem dele.

Mauro Silveira

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

RISCOS

Para alcançar qualquer objetivo, sempre há um risco envolvido. Muitas pessoas dizem: “não vou correr risco nenhum; não quero ter problemas!”...

O que elas não imaginam é que: é justamente no meio do problema que se encontram os melhores frutos... Há uma lei funcionando neste planeta que assegura que as recompensas vêm depois do risco, e não o contrário.

A maioria de nós começa a vida com uma atitude saudável em relação ao risco. Quando somos crianças, mal podemos esperar para tentar novas aventuras... Uma criança saudável e feliz, assim como um adulto saudável e feliz, adora se testar e aceitar desafios. Quando damos aqueles primeiros passos incertos, ao começarmos a dominar a arte de andar, estamos correndo riscos. E adoramos isso!

Mas, de alguma maneira, entre a idade de 2 e 22 anos, muitas pessoas passam por uma dramática mudança de atitude. Ficam preocupadas em se manterem sempre sãs e salvas; então, passam as noites grudadas na frente da televisão, fascinadas com as ousadas aventuras dos super-heróis de celulóide. Ou então, “engolem” grandes doses de novelas e seriados, enquanto suas próprias vidas degeneram para um interminável seguimento de um ano insuportável após o outro.

O tempero da vida está justamente em fazer coisas novas, em moldar algo com nossa própria substância. A busca pela segurança mina nossa força vital... Ser diferente é arriscado, mas também significa poder ser você mesmo... 

Na verdade, o universo está continuamente nos encorajando a nos testarmos, a superarmos os desafios e a sermos extraordinários. Para ganhar, devemos arriscar. Para aprender a andar, devemos nos arriscar a cair e nos machucar.  Para ganhar um real, devemos nos arriscar a perdê-lo, e as pessoas que ganham o máximo arriscam o máximo. Os vencedores correm mais riscos do que os perdedores. Por isso é que eles ganham tanto...

Em poucas palavras: nós temos uma escolha. A escolha entre viver de verdade ou apenas existir. Arranjar um novo emprego é um risco. Atravessar uma rua é um risco. Começar um negócio, um relacionamento ou uma família é um risco... A vida é um risco. Então, vamos caminhar um pouco por esse pomar e colher algumas frutas!

(texto de Andrew Matthews no livro "Seja Feliz")

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

SE...


Depois de um longo período sem postar nada, volto hoje com um poema especial. Não é de minha autoria, mas o considero lindíssimo. O autor é Rudyard Kipling, indiano de nascimento, mas de descendência inglesa. Para lhe refrescar a memória, lembro-lhe que ele é o mesmo que escreveu o conto original Mogli, o Menino-Lobo, depois adaptado para desenho animado pela Disney.

 

Considero não apenas lindo, mas muito forte esse poema. Essa bela obra de arte me inspirou muito, e me ajudou a levantar-me nos meus maus momentos, quando a foice do desânimo e das dificuldades me ceifava a esperança. Conheci esse belo poema ao ler o livro “Colunas do Caráter”, de S. Júlio Schwantes, livro que recomendo a todos, principalmente nesta nossa época, onde, como disse muito sabiamente Rui Barbosa, “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.

 

Enfim, segue a poesia. Com vocês, Rudyard Kipling:


SE

Se és capaz de manter tua calma, quando,
todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa.

Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.

Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
tratar da mesma forma a esses dois impostores.

Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.

Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida. 

De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste! 

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.

Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e - o que ainda é muito mais - és um Homem, meu filho!

Tradução: Guilherme de Almeida


Original Inglês
IF 
If you can keep your head when all about you
Are losing theirs and blaming it on you,
If you can trust yourself when all men doubt you
But make allowance for their doubting too,
If you can wait and not be tired by waiting,
Or being lied about, don't deal in lies,
Or being hated, don't give way to hating,
And yet don't look too good, nor talk too wise:

If you can dream--and not make dreams your master,
If you can think--and not make thoughts your aim;
If you can meet with Triumph and Disaster
And treat those two impostors just the same;
If you can bear to hear the truth you've spoken
Twisted by knaves to make a trap for fools,
Or watch the things you gave your life to, broken,
And stoop and build 'em up with worn-out tools: 

If you can make one heap of all your winnings
And risk it all on one turn of pitch-and-toss,
And lose, and start again at your beginnings
And never breath a word about your loss;
If you can force your heart and nerve and sinew
To serve your turn long after they are gone,
And so hold on when there is nothing in you
Except the Will which says to them: "Hold on!" 

If you can talk with crowds and keep your virtue,
Or walk with kings--nor lose the common touch,
If neither foes nor loving friends can hurt you;
If all men count with you, but none too much,
If you can fill the unforgiving minute
With sixty seconds' worth of distance run,
Yours is the Earth and everything that's in it,
And--which is more--you'll be a Man, my son! 

--Rudyard Kipling